quinta-feira, 11 de maio de 2017

HELSINKI...FINLÂNDIA!


Estivemos  no mês de junho/2016 e já era quase verão pela Europa. Mas, em Helsinki... era mais ou menos. Digamos que para um país para lá de gelado, 12 graus é até quentinho. Ao chegar de trem em Helsinki, saindo de São Petersburgo, vc desembarcará na Helsinki Central Railway Station, no centro da cidade. Uma mão na roda, já que é só sair puxando sua mala até o hotel escolhido, que geralmente escolhemos pelo Centro Histórico. Fizemos todo o roteiro a pé  e não gastamos nem 20 minutos. Helsinki é uma bela cidade, onde o verde predomina.


Estação Central de Trem
Helsinque
Ruas de Helsinque
Marina

Nosso hotel da vez foi o Radisson Blu Aleksanteri, muito legal e aconchegante. Chegamos no começo da tarde e ao deixar as malas no hotel já saímos a procura de um bom restaurante para almoçar. Agora, não tenho uma notícia muito boa para vcs sobre esta cidade: Ela é muito cara! Acho que de todas que já passei até hoje, não encontrei nada igual. Adorei ter conhecido, mas aqui não tem como se demorar muito, pois a viagem começa a pesar um pouco no bolso (rsrs).


 Hotel Radisson Blu Aleksanteri
Quarto do Hotel
Bar do Hotel

Pesando ou não, precisamos comer, não é mesmo? Aqui, indico três bons restaurantes: o primeiro já é velho conhecido meu e de vcs, que sempre indico onde há, pois amo, o Hard Rock Café. Tem também o Restaurante Toscanini Tratoria Enoteca e o Restaurante Ravintola Saari, que fica numa ilha conhecida como Sirpalesaari (um barco faz a travessia em cerca de 5 minutos, a cada meia hora, partindo de um cais próximo).  


Hard Rock Café
Restaurante Toscanini
Restaurante Ravintola Saari


Aqui na ilha, vc poderá provar a famosa Koskenkorva, bebida transparente, geralmente sem sabor e cheiro e que tem 38% de graduação alcoólica. É um tipo de vodka tradicional da Finlândia e está espalhada por todo o país. Todo cuidado é pouco, pois desce sem vc sentir arder e é aí que mora o perigo! Olha como ela é servida no restaurante, neste pedaço de galho em copos supergelados. Ah, levamos duas garrafas para casa!


Koskenkorva
Koskenkorva em doses

Chegou a hora de descobrir o que Helsinki tem de bom para mostrar e depois de uma noite de descanso, lá vamos nós! Costumamos sair a pé pela cidade, pois assim temos melhor percepção de tudo que temos ao redor. Caminhando pelas ruas e com um bom mapa de pontos turísticos nas mãos, vamos longe. Helsinki é uma cidade calma e com muitos parques, sempre bem frequentados, inclusive com muitas crianças. Por falar em crianças, este país é conhecido por ter o ensino considerado um dos melhores do mundo e vcs sabem pelo menos um dos motivos? Para dar aula em ensino fundamental, todo professor precisa passar por um mestrado de 5 anos, onde metade do tempo é aplicado a pesquisas e teorias e a outra metade a práticas. E as crianças têem carga horária elevada para... brincar! Pensem numa cidade linda e bem educada!


Parques da cidade


Que tal agora visitar o Monumento a Sibelius? Construído em 1967, é uma das principais atrações da cidade. Este monumento encontra-se num dos principais parques da cidade, o Parque Sibelius e relembra a figura do compositor francês Jean Sibelius, o gênio da música sinfônica do séc. XX. É uma montagem de quase 600 tubos de aço que se assemelham a um órgão. Ironicamente, Sibelius nunca compôs qualquer música para esse tipo de instrumento. Dizem que há chefes de Estado e celebridades que viajam até lá só para ver o monumento e muitos deles ainda exigem conhecer em pessoa a escultora, a Eila Hiltunen.

Monumento a Sibelius


Após a visita do Monumento a Sibelius, fomos em direção a uma Igreja Luterana, conhecida por Temppeliaukio Kirkko. Trata-se de uma obra arquitetônica, idealizada pelos irmãos Timo e Tuomo Suomalainem. Sua construção teve início em 1968 e foi inaugurada em 1969. Fica situada em um bairro residencial e a maior parte da igreja é subterrânea,  construída em uma rocha maciça de granito. Apenas a cúpula de cobre fica visível na parte exterior. Seu interior é de forma arredondada e de pedra nua. A sua luz vem de 180 janelas pequenas, que ligam a cúpula às paredes. Algo diferente de se ver!

 Temppeliaukio Kirkko

E já que estamos falando em igrejas, não podemos esquecer daquela que para mim já uma tradição visitar, a Catedral! Acreditem, a Catedral de Helsinki é uma catedral evangélica luterana da Diocese de Helsinki e fica situada no centro da cidade. Foi construída entre 1830 e 1852 e em estilo neoclássico. Originalmente ela foi construída como tributo ao Czar Nicolau I da Rússia, tendo sido conhecida como Igreja de São Nicolau até a independência da Finlândia, em 1917. 


Catedral de Helsinki

Tem uma bela cúpula verde e alta, rodeada por mais quatro cúpulas pequenas. A planta da catedral é uma cruz grega, ou seja, com um centro de massa quadrada e quatro braços com as mesmas dimensões. A catedral faz parte da Praça do Senado, que constitui uma alegoria dos poderes político, religioso, científico e comercial no centro da cidade. Muito bonita, vai lá conferir!


Cúpula da Catedral de Helsinki
Praça do Senado


Vc sabia que a maior igreja ortodoxa na Europa Ocidental fica na Finlândia?  É a Catedral Uspenski, um dos símbolos mais claros sobre o impacto da Rússia na Finlândia. Ela foi construída entre 1862 e 1868. Há 13 cúpulas, onde são representados Cristo e os 12 apóstolos. É impressionante o seu tamanho. A sua cúpula é sustentada por 4 pilares de granito monolíticos (sem emendas). Ela está situada na zona portuária de Helsinki e ostenta muita beleza e riqueza. Se vc for a Helsinki, não deixe de visitá-la mas, um aviso: nas segundas-feiras não abre.



Catedral Uspenski


Ah, aqui quero deixar registrado o prazer de se ter amigos pelos quatros cantos do mundo. Em Helsinki temos um casal de amigos que adoramos e encontrar com eles é puro prazer. Claro que não íamos perder essa oportunidade e marcamos todos juntos saborear a comida do Restaurante Ravintola Saari na ilha que mais acima falei, lembram? Foi tudo de bom e aqui deixo a alegria do nosso encontro e a grande vontade de poder repetir esses momentos sempre. Saudades, Rosinha e Gastão!

 Amigos em Helsinki


Não sei vcs, mas sempre que eu quero ir a um museu, preciso saber se é velho ou novo, pois tenho um sério problema de rinite alérgica e nem posso pensar na velharia. Fico um pouco triste, pois adoro saber das histórias dos lugares... mas, o que adianta saber de algo que vai me deixar doente em seguida? Melhor não. Então, fico a procura de um museu mais contemporâneo e quando vejo um pela frente, vou logo entrando. Em Helsinki não foi diferente! Visitei o Museu de Arte Contemporânea Kiasma e o achei bem interessante.


Museu Kiasma





Falei agora há pouco do meu problema de rinite quanto a museus antigos e mesmo assim me empolguei tanto com o de arte contemporânea que acabei entrando no Museu Nacional. Deu certo? Claro que não! Tive que sair correndo e quem aproveitou de verdade foi meu marido. O cheiro era demais para minha rinite, mas não me incomodo de esperar que alguém se enriqueça de cultura. Ele me pareceu bem interessante, embora eu tenha passado correndo. O museu foi aberto aos visitantes em 1916, situa-se no centro da cidade e funciona em colaboração com a Junta Nacional  de Antiguidades.

Museu Nacional de Finlândia

Foram só dois dias inteiros em Helsinki e passou rapidinho. Mas,  antes de ir embora fomos ver de perto a Capela do Silêncio. Mais pela sua arquitetura do que qualquer outra coisa, pois de igrejas já estávamos bem abastecidos. Esta capela foi construída em 2012, como parte de um programa "Helsinki, Capital Mundial do Design", o que a fez tornar-se num dos lugares mais reconhecidos da arquitetura contemporânea. Olha que interessante ela ficou! Eu achei demais!



Capela do Silêncio


Agora, me despedindo de vcs, quero deixar registrado algo que me chamou muita atenção em Helsinki e que nós não sabemos mais viver sem ela: a internet! Gente, temos ela por todos os lados da cidade e a velocidade? Incrível! Vc mal termina de escrever o que quer saber e ela dispara com o resultado. No Aeroporto Vantaa - Helsinki,  então, é perfeito. Assim fica bem mais fácil de esperar um voo que atrasou 7 horas, que tal? Mas, fomos compensados financeiramente, ok?

Aeroporto Vantaa


Ah, uma última dica, caso tenham possibilidade de passar ao menos um dia a mais por lá: Há um bate-volta que se costuma fazer de navio, entre Helsinki e Tallin, capital da Estônia. Dizem que a visita é bem interessante (infelizmente, não tivemos tempo para isto). Nativos costumam fazê-la e aproveitam para comprar bebidas alcoólicas em Tallin, pois não ha muita facilidade/oferta deste tipo de produto nos supermercados de Helsinki. A travessia é de cerca de duas horas.



Porto de Helsinki

Até a próxima, meus amigos!

sábado, 6 de maio de 2017

SÃO PETERSBURGO...RÚSSIA


Não é que eu voltei a este país! Moscow foi tudo de tão bom que eu quis ver de perto São Petersburgo e comprovar que a Rússia realmente é um país que vale a pena conhecer. A cidade já foi chamada de Petrogrado a partir de 1914, de Leningrado em 1924 e recuperou seu nome original em 1991, após o colapso da União Soviética. Foi muito bom, ou melhor, foi bom, quer dizer... prefiro Moscow! Agora deixe-me explicar o porquê, para que vcs não deixem de ir. Quem me conhece de perto sabe que sou uma pessoa sensitiva demais - e a tudo -, seja energia das pessoas, seja energia dos lugares. Ao chegar em São Petersburgo, assim que entrei na cidade, não me senti muito bem, não consegui ficar serena. Tinha algo inexplicável no momento. Mas, antes de te explicar o que aconteceu, quero mostrar São Petersburgo que é a segunda maior cidade da Rússia.


São Petersburgo


Continuando o meu roteiro turístico de férias, St. Petersburgo foi a segunda cidade. Saindo de Praga, optei pela empresa aérea Aeroflot, que me levou até o destino em aproximadamente 2:20 de voo. Foi um voo tranquilo, graças a Deus, e eu estava ansiosa por chegar. Afinal de contas, a Rússia é algo a mais na Europa. Do aeroporto até o hotel, que fica no Centro Histórico, preferimos pegar um taxi (40 minutos) que reservamos antecipadamente pela Lingo Taxi. Se vc tem interesse, aproveita e olha aí. O nosso hotel aqui foi o Petro Palace Hotel, bom e muito bem localizado.


Hotel Petro Palace



Como chegamos na hora do almoço, preferimos dar uma olhada no restaurante do hotel, afinal de contas, juntando a fome com a aproximação, nada melhor, não é mesmo? Gostamos do restaurante e este realmente era muito perto (no andar do nosso quarto), além de ser italiano, que é satisfação garantida. Fomos nele mesmo e a comida estava maravilhosa! O restaurante chama-se Settimo Cielo.



Restaurante Settimo Cielo

Depois do almoço tivemos muito tempo para passear pois, não sei se sabem, mas nos meses de verão a cidade tem as famosas noites brancas, ou seja, não escurece de jeito nenhum! Conhecem o romance "Noites Brancas" de Fiodor Dostoiévski? É muito estranho, vc acaba dormindo de cansada, mas a luz continua lá fora. É bonito de se ver e algo muito diferente para nós brasileiros. As Noites Brancas ocorrem no mês de junho.



Noites Brancas


Nosso primeiro passeio foi para conhecer o Palácio de Inverno, construído entre 1754 e 1762 para servir como residência no inverno aos czares russos (tzar em russo, que significa imperador), com suas famílias. Sabíamos que não seria possível entrar, pois já tínhamos agendado com uma guia a visita para o dia seguinte, mas queríamos ver logo tamanha arquitetura. Um lindo palácio verde e branco, em estilo rococó. A primeira czarina a ocupá-lo foi Catarina, a Grande. Atualmente o palácio faz parte do Museu do Hermitage, com uma das maiores coleções de arte do mundo.


Palácio de Inverno



Ah, deixe-me falar um pouco da importância de um(a) guia na Rússia. Em outros países não sentimos necessidade de contratar guias, mas na Rússia, acho importante, pois pouquíssimas  pessoas falam inglês e vc acaba passando algumas dificuldades para se comunicar e perde muito conteúdo em visitas a pontos turístico-históricos (quem sabe até a Copa em 2018 não melhora?). Então, para que saíssemos totalmente satisfeitos e convictos de que alcançamos os nossos objetivos quanto a conhecer um pouco da cultura russa contratamos uma guia que nos acompanhou em parte de nossa estada e fez toda diferença. Além do mais, tivemos a sorte de contratar uma que falava português. Deixo aqui o contato da guia Alice Moroz, que é um doce de pessoa e muito informada, não nos deixando sem respostas em nenhum tema: lisenok-00@mail.ru


Eu e Alice Moroz


O Palácio de Inverno fica ao longo do Rio Neva e em frente a ele, no centro da Praça do Palácio, encontra-se a Coluna de Alexandre, que homenageia o czar Alexandre I. A coluna é de granito vermelho e já foi descrita pela revista Harper´s como: "o maior monólito dos tempos modernos". Para visitar o Palácio de Inverno, aconselho a compra dos ingressos pela internet, pois as filas são enormes e a visita imperdível. Dependendo da hora do dia, ele pode ser visto tanto na sua cor verde e branco, como no dourado refletido do sol. O Palácio não abre nas segundas-feiras. Se interessa, dê uma olhada no site oficial  Palácio de Inverno.



Rio Neva

Palácio de Inverno dourado

Interior do Palácio do Inverno

Coluna do Alexandre

Em seguida, lá fomos nós conhecer o que eu acho que revela muito do seu povo, suas igrejas. Foi a vez da Catedral do Sangue Derramado. Construção que teve início em 1883 no reinado de Alexandre III, como um memorial ao seu pai que foi assassinado neste mesmo local. A construção só foi finalizada no reinado de Nicolau II. Tem algo curioso quanto a essa igreja. Durante a II Guerra Mundial, uma bomba atingiu a cúpula mais alta da igreja, mas não explodiu. E lá ficou por 19 anos, até ser descoberta por trabalhadores que subiram na cúpula para consertar algumas goteiras.


Catedral do Sangue Derramado


Só que em São Petersburgo, existe uma outra igreja, bem mais digna de um rei, embora não tenha a achado mais bela do que a Catedral do Sangue Derramado, que é a Catedral de Santo Isaac. Esta Catedral foi dedicada ao padroeiro de Pedro, o Grande. Ela foi construída entre 1818 e 1858 e apesar de alguns adornos bizantinos, o que predomina fortemente é o estilo neoclássico. Ela tem capacidade para 14 mil pessoas. Impressionante, não é mesmo? Na sua decoração foram empregados 43 tipos de minerais e só na sua cúpula foram empregados 100 kg de ouro. Da base da cúpula, que é até onde vc pode chegar, terá uma das mais belas vistas de São Petersburgo. Vc não pode perder!


Catedral de Santo Isaac



Depois dessas visitas estonteantes, bateu finalmente a fome e o lugar escolhido para almoçar foi o Restaurante Biblioteka, indicado pela nossa guia. Por falar em almoço, São Petersburgo me surpreendeu com comidas saborosas e acreditem, muito barato, mais até do que aquele país que todo mundo fala ser o mais barato da Europa: Portugal! É... acreditem, é impressionante como comer em São Petersburgo é muito em conta. Mas, atenção, isso não serve para Moscow, que de barato não tem nada. Um outro restaurante muito legal que vc pode ir e se deliciar por lá é o Restaurante Mahcapga (Mansarda), show de bola! Um belo restaurante com uma vista maravilhosa da Catedral de Santo Isaac. E ainda teve o Restaurante Meatline, que fica dentro do Shopping Galeria Mall e que trata-se de um restaurante asiático, onde o chef prepara o seu prato na sua própria mesa. Uma saborosa experiência, valeu muito a pena!


Restaurante Biblioteka

Restaurante Mahcapga

Restaurante Meatline


Acho que vcs lembram que mais acima falei da dificuldade de se encontrar alguém que fale inglês em São Petersburgo, pois então, quero falar aqui do mico que foi comprar passes do metrô. Vcs não tem ideia! Tentamos comprar nas máquinas apropriadas, já que não seríamos entendidos e para a nossa mais completa ignorância, ao colocarmos uma nota de rublo russo, recebemos de volta um monte de moedas e nada dos passes. Achamos que tínhamos errado e repetimos mais duas vezes na tentativa de acertarmos e tome mais moedas. Com as mãos cheias de moedas, resolvemos colocar os óculos de grau para ver tamanha bobagem feita e foi aí que vimos que não eram moedas e sim os passes tão desejados por nós. O que nos restou? Tome metrô pra cima e pra baixo para gastar tantos passes e ainda voltamos com alguns. Coisas de viajantes por terras desconhecidas...rsrsrs.




No terceiro dia, optamos por conhecer o Palácio de Pedro, conhecido por Peterhof, uma das maiores atrações de São Petersburgo e que fica um pouco afastado da cidade. A nossa guia chegou ao nosso hotel já com carro e motorista (faziam parte do pacote), mas com a certeza que a volta seria de hydrofoil (catamarã). Infelizmente não se pode tirar fotos dentro do palácio, apenas das partes externas.



Peterhof


Vc também pode ir até Peterhof utilizando o hydrofoil, que parte do Rio Neva bem em frente ao Palácio Hermitage, num trajeto com duração de 40 minutos ou de ônibus (mais barato). Optamos pelo carro porque podíamos chegar mais cedo, antes que o primeiro hydrofoil aportasse levas de turistas. É importante observar os horários de abertura, principalmente dos jardins que, para mim, foram a cereja do bolo. Fiquei deslumbrada com tanta beleza, uma belíssima cascata, cercada de estátuas douradas. Agora, atenção, no inverno não é possível ver tamanha beleza, pois a água congela, lhe restando somente a visita ao interior do palácio. Entre no site oficial do palácio e garanta o horário de visitas e a compra dos seus tickets, pois fiquem certos que esta é uma das atrações mais concorridas de lá. Dê logo uma olhada: Peterhof


Jardins do Peterhof





Vcs já devem ter notado que nunca tenho muito o que falar da noite nessas minhas viagens, pois realmente não sou noturna. E, como ando muito durante o dia batendo perna para conhecer tudo que tenho direito, a noite caio morta na cama logo cedo. Também já era véspera de ir embora e precisava descansar para continuar minha próxima aventura, que foi a Finlândia. Antes de pegar o trem para a Finlândia, tivemos tempo de visitar a Catedral de Nossa Senhora de Kazan. Trata-se de um templo ortodoxo, que foi construído entre 1801 e 1811 para abrigar a Nossa Senhora de Kazan. Após as Guerras Napoleônicas, tornou-se um memorial militar para comemorar a vitória russa. Hoje, a catedral é a filial do Patriarcado de Moscow em São Petersburgo.

 Catedral de Nossa Senhora de Kazan

Bem, como falei para vcs no início da nossa conversa que não me senti muito bem ao chegar em São Petersburgo, chegou a hora de esclarecer melhor tudo isso, antes de concluir essa viagem. Soube, depois que comecei a explorar a cidade, que ela foi construída em cima de pântanos... e de muitas mortes, mais de 40 mil prisioneiros de guerra e camponeses suecos trabalharam ali e ali pereceram, tendo os seus restos incorporados aos alicerces da cidade. Sem contar com as mortes que ocorreram com cerco nazista durante 900 dias, na II Guerra Mundial, época em que a cidade se chamava Leningrad. É muita morte e sofrimento para a minha sensibilidade. Agora, me pergunte se vale a pena conhecer tanta história e eu vou te responder: Vale sim, vai a São Petersburgo, pois ela também tem seu encanto.


 Curtindo a cidade

Precisamos partir e para fazer isso com segurança, sem medo de errar e perder horário, experimentamos um dia antes fazer trajeto de metro até a estação de trem Finlândia (Finlyandskiy) e o Allegro é   o trem que que se pega para Helsinki. Em frente à estação fica a Praça Lenin, que você pode aproveitar e visitar. Acho melhor vc fazer o mesmo, pois evita estresse de última hora e garante tranquilidade para o próximo trajeto. Ah, lembrando a vcs que estejam atentos aos passaportes, pois dentro do trem fomos investigados duas vezes ainda dentro da Russia e uma vez na Finlândia.



Avante Companheiros!

Enquanto vou ali conhecer mais algo para dividir com vcs, vão curtindo aqui e esperando que vem mais!